quinta-feira, 26 de abril de 2018

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Imagem relacionadaFaz da fraqueza seu ponto de apoio 
Inventa a história do perfeito, a ilusão
Cresce, pois, por dentro e nasce
E simplifique-se, e deixe.
Esvazie a cabeça, limpe.
Respire, e não se mova
Esquece o quente, abrace a si 
Não veja, nem tenha o que ver
Preencha-se daquilo que te faz bem
Não se desespere, e pare
Se permita, não insista. Insista ou não desista
Sinta e tome paz
Corre em meio do nada,
Voe, e volte se necessário for.
Não percebemos que as páginas não estão de todo escritas
E que ainda há espaços para novas frases.
Novas fases, e novo viver
Diminui-se pelo mais improvável
E se consterna pelo menor aforismo
E por procurar o complicado, deixamos de lado o simples
E vemos, ou percebemos. Percebemos?
Pecamos pelo excesso de defesa
E pela defesa nos tornamos frágeis
Foge do abismo,  e cai em si
Por medo da incerteza tropeça
Sê humano, e lê seu íntimo
Sê desumano e contrarie, e sinta.
Sê simples no complexo, e sinta
Seja a dúvida, e viva o pensamento
A morte do caos, é o fim do sentido
E se as rodas travam, desliza pelo caminho, mas vá.
E se a parada for necessária, que não haja hesito
E que se assim o for, que seja breve
E que na partida haja contentamento
E que na vida seja contentamento
E que na despedida levemos a nossa paz
Que exista a nossa paz... Que o sonho seja a não razão
E que não exista a razão
Que não exista a razão
Que não sejamos a razão

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Espinhos maduros

Eu não posso dizer mais nada
E nós não podemos firmar em mais nada
O cabide que é usado pra guardar o inconveniente
é aquilo que pode ter sido considerado gasto, que ainda é gasto
E o que pensamos a respeito do tempo não é mais do que ilusão
Preenche-se do nostálgico a agonia
E se desprende do sentido de estar em verdadeira paz
Pelo que não sente de si , se coloca em auto desprezo
E se desmonta por descobrir que não enxerga mais sentido
O caminho que um dia trilhou, talvez agora não guarde nem pegadas
Talvez por hora esteja tomado pela mais tenebroso matagal
E pelo mais sórdidos do pensamentos talvez se esvaia, se perde
Não traz com seus planos a possibilidade do sonhado
Não vive com sua realidade o que acredita ser o certo
E assim não se vive, não evolui. Se sabota.
Talvez precisemos cortas as raízes e sermos um pouco mais grosseiros
Talvez precisemos tomar as rédeas e conduzir, e nos conduzir
Talvez o caminho não esteja totalmente tomado
Talvez consigamos enxergar, ainda que apagadas, algumas pegadas
E se abrimos nossos olhos veremos que o amanhã é uma expectativa
E que o depois nem sempre se concretiza
Nem sempre o plano é plano
Muitas vezes nem bom seria se fosse
Traria um amaranhado lógico de etapas, que chato...
Traria a sensação de esperar o nada, que chato...
Faria com que não conhecêssemos nossas capacidades de lidar com o inesperado
E por demais viver de planos, não viveríamos
Não vivemos, não somos, não cremos... Podemos
Por medo dos espinhos, não entramos no caminho
Por medo dos espinhos nos colocamos na inércia
Os espinhos crescem, secam e caem...
Nascem novos espinhos ou as feridas das tentativas é que não foram cicatrizadas?
Nascem novos espinhos e as feridas das tentativas não foram cicatrizadas.
Nascem novos espinhos! As feridas das tentativas não foram cicatrizadas.
Não por demais descobriremos sempre novos espinhos
E também aprenderemos a conviver com os que nos tornaram parte.
Não digo que seria possível fazer deles uma fortaleza
Mas talvez possamos aprender com eles...
Da ineficiência de evitá-los... pois por evita-los esperamos seu amadurecimento.
E sofremos pois, o seus efeitos.... 
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sexta-feira, 6 de abril de 2018

04 de Abril

E no meio do nada tinha um pequeno pote
E no meio do pote um viés de esperança
Corre pela rua livre e solto o mais temido
E trás consigo o medo de perder-se de si
E aquele que é "afronta" é aquele que bate de frente
E desmonta, se desmonta e não consente
Perde-se em meio a multidão, mas ainda assim não desacredita
Ergue a sua bandeira em meio a honraria
Completa-se e enxerga no desespero breve função do sorriso.
Conclui então que não há conclusão
Que não existem meios de abdicar de suas certezas
E volta pelo que sempre acreditou
Não percebe pois que o mesquinho tornou-se agora costume
E que nas ruas não conseguimos mais alegar pela razão
A ignorância virou medalha
Ostentada em todo instante
A ofensa virou bom dia
Que se houve de minuto em minuto
O que justifica não é o argumento,m mas a contra razão
O que se explica não é o que foi fundando, mas o que maqueado
Defende-se os mesmos pragmatismos
E esquece-se que conhecimento é construção, e é também vida.
E ainda existe vida?
E o que ela o é?
Temos ainda uma constituição ou ela está sendo borrada?
É sangue nos olhos que impede a visualização de um futuro talvez sem volta.
Talvez seja essa a intenção, o desembrulho.... e o embrulhar de estômagos.
Talvez o que representa é a cegueira....
Mas o sangue já foi derramado
E os papéis a esta hora já se encontram na fogueira
Assim como muitos bruxos que já foram queimados injustamente
Enquanto outros, verdadeiramente de colarinho ainda lá se encontrar
Reversos de si, e cheios do deboche
Se criam e são mantidos
Vêm no povo ração
Ração que incha e dão saciedade à  sua fome
Enquanto muitos aplaudem
O circo continua fazendo história, e desfazendo história.
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