Inventa a história do perfeito, a ilusão
Cresce, pois, por dentro e nasce
E simplifique-se, e deixe.
Esvazie a cabeça, limpe.
Respire, e não se mova
Esquece o quente, abrace a si
Não veja, nem tenha o que ver
Preencha-se daquilo que te faz bem
Não se desespere, e pare
Se permita, não insista. Insista ou não desista
Sinta e tome paz
Corre em meio do nada,
Voe, e volte se necessário for.
Não percebemos que as páginas não estão de todo escritas
E que ainda há espaços para novas frases.
Novas fases, e novo viver
Diminui-se pelo mais improvável
E se consterna pelo menor aforismo
E por procurar o complicado, deixamos de lado o simples
E vemos, ou percebemos. Percebemos?
Pecamos pelo excesso de defesa
E pela defesa nos tornamos frágeis
Foge do abismo, e cai em si
Por medo da incerteza tropeça
Sê humano, e lê seu íntimo
Sê desumano e contrarie, e sinta.
Sê simples no complexo, e sinta
Seja a dúvida, e viva o pensamento
A morte do caos, é o fim do sentido
E se as rodas travam, desliza pelo caminho, mas vá.
E se a parada for necessária, que não haja hesito
E que se assim o for, que seja breve
E que na partida haja contentamento
E que na vida seja contentamento
E que na despedida levemos a nossa paz
Que exista a nossa paz... Que o sonho seja a não razão
E que não exista a razão
Que não exista a razão
Que não sejamos a razão