sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Insignificância

De veras que tens consciência?

Verdade que estás tão calmo?

Não vê a balburdia lá fora?

Como se deita e acomoda?


Não traz consigo um sorriso

Não traz, mas também não chora,

Satisfaz-se com o mínimo,

E o deleite se vai embora.

 

Capaz que se esquece de um sonho,

Será que se corre se afoba?

Será que se foram suas pernas?

Talvez não tenha mais sua história

 

No meio de um vão com abismos

Através de um corriqueiro aperto

Vê passar toda a boiada

E ao longe fica com seus medos.

 

Mas talvez em outra hora se acorde

Ou até mesmo durma de vez,

Jogue fora todos seus cacos

Ou esqueça-se de quaisquer clichês.

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