De veras que tens consciência?
Verdade que estás tão calmo?
Não vê a balburdia lá fora?
Como se deita e acomoda?
Não traz consigo um sorriso
Não traz, mas também não chora,
Satisfaz-se com o mínimo,
E o deleite se vai embora.
Capaz que se esquece de um sonho,
Será que se corre se afoba?
Será que se foram suas pernas?
Talvez não tenha mais sua história
No meio de um vão com abismos
Através de um corriqueiro aperto
Vê passar toda a boiada
E ao longe fica com seus medos.
Mas talvez em outra hora se acorde
Ou até mesmo durma de vez,
Jogue fora todos seus cacos
Ou esqueça-se de quaisquer clichês.
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