quarta-feira, 29 de maio de 2019

Graças

Restam-lhe os casos que ficam na memória
E o bocado de bem viver que contigo lhe assevera
Como o moinho que não se toca sem o vento
Se faz de nada ao se destacar de sua pena

Logra em êxito, ainda que inconcluso.
Pobre  o grande que se vê gigante 
E do pequeno não observa seu alguém
Carregam em si traços de desesperança

Nos reflexos de suas desigualdes, se tangenciam:
O coitado que não levanta seus anseios
E o orgulhoso que se exibe, ao ser rico de vintém.
Em seus  amontoados, lamentam-se ao lamentados. 

Enquanto disputam o doleiro e o desabonado pela desgraça de ser ninguém
Desce o barranco o indolente debochado;
Mostra os dentes sem pedir benção à ninguém
Leva vida ao seu jeito, e faz se vida.

Satisfaz-se com seu jeito de coitado
Glorifica sua existência sem ser luz 
Sendo o mísero prefere ser roubado
Que se aproveitar da grandeza de outro alguém. 

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